A heroína de Final Fantasy XIII, Lightning, tem encontrado dificuldades insuperáveis para lutar por aquilo que acredita. Ela desafiou poderes divinos, navegou ao longo do tempo e agora está à beira do apocalipse, vendo um mundo decadente repleto de memórias remanescentes pedindo que ela vá para frente. Em Lightning Returns: Final Fantasy XIII, os desenvolvedores da Square Enix prepararam a conclusão da história de Lightning com um RPG que, na maioria das vezes, supera as expectativas.
Lightning Returns é uma jornada totalmente diferente dos seus dois antecessores. Tanto as histórias quanto as mecânicas do jogo estão um passo à frente dos RPGs japoneses tradicionais.
Quando nós encontramos Lightning pela primeira vez, nossa guerreira de cabelos cor-de-rosa recebe o título de “Salvadora” pelo deus da luz, Bhunivelze, cerca de 500 anos após o fim de Final Fantasy XII-2. O mundo está desmoronando sob o peso do Caos, as pessoas atormentadas por um sofrimento eterno. Bhunivelze decidiu criar um novo mundo e preenchê-lo com almas. Lightning deve salvar essas almas do mundo que está morrendo para que elas possam renascer no novo mundo.
Rostos conhecidos, locais estranhos e ameaças antigas vão assombrar Lightning enquanto ela viaja pelo que restou do mundo. E como se salvar a humanidade não fosse fardo suficiente, ela tem poucos dias para fazê-lo! Lighntning Returns é uma luta contra o relógio, que fica sempre no canto da tela, contando o tempo para a devastação iminente que irá atingir o planeta. Quase todas as ações, desde explorações até missões, tomam o tempo precioso de Lightning.
Gerenciamento de tempo é um desafio raro nos jogos de RPG, onde tradicionalmente o jogador tem dezenas e mais dezenas de horas para ganhar níveis e otimizar o grupo de personagens. Mas em Lightning Returns, o tempo é um recurso precioso. Na verdade, tudo é. No início da busca de Lighntning, os itens são caros e difíceis de armazenar. Até os inimigos são um recurso finito, com número limitado de oponentes do mesmo tipo. Lighntning cresce completando as missões e salvando almas – não vagando em becos atrás de criaturas aleatórias.
O sistema de batalha é tão novo quanto a dinâmica dos recursos limitados.
Lightning participa dos combates sozinha, mas você conta com vários “Schemata” equipáveis. Estes Schematas são como “Jobs” customizáveis que podem ser mudados no meio da batalha. Ao selecionar uma roupa – que funciona como um job – e, em seguida, escolher uma espada e escudo para acompanhar, os jogadores podem personalizar Lightning para diferentes estilos de combate. Até quatro habilidades podem ser customizadas, incluindo ataques básicos, defesas, grandes feitiços e vários buffs/debuffs.
O traje Cold Rebellion, por exemplo, aumenta a magia de Lightning e o HP total, e confere a ela o excelente feitiço Blizzard. A partir daí, os jogadores podem escolher uma espada, escudo, e os poderes que acompanham.
Lightning pode equipar três Schemas por vez. No combate, cada Schema funciona com sua própria barra de ATB (Active Time Battle) e cada ação consome um pedaço da barra. Ao alternar entre os três Schemas, os jogadores podem criar sequências de ataques e adotar estratégias diferentes no meio da batalha. Isso torna todo o processo muito mais complexo do que um simples “aperte o X para bater”.
A quantidade de customização para Lightning é surpreendente, sem exageros. Cada traje tem uma paleta de cores ajustável, que pode ser complementada com outros itens. Isso dá aos jogadores um grau inédito de controle sobre as estratégias de combate. Melhor ainda: este “guarda-roupa” personalizado também se reflete durante o gameplay e as cutscenes, com o potencial de gerar situações inusitadas e engraçadas.
Lightning Returns enfatiza a escolha do jogador muito mais do que seus antecessores, e impõe uma série de limitações intrigantes sobre os recursos disponíveis para Lightning. Isso, sem dúvidas, irá levar a experiências completamente diferentes cada vez que você joga novamente – é um jogo para jogar mais de uma vez.