Review: Jogos Vorazes – Em Chamas
Jogos Vorazes: Em Chamas.
Diretor: Francis Lawrence.
Elenco: Jennifer Lawrence, Josh Hutcherson, Elizabeth Banks e Woody Harrelson.
Desde o fenômeno Harry Potter que os estúdios cinematográficos andam vasculhando as prateleiras das livrarias do mundo todo procurando pelo próximo conto apto a arrastar fãs para as salas de cinema, e pelo caminho acharam algumas coisas, mas nada comparável ao pequeno bruxo, dentre eles Crepúsculo (sucesso de público, não de crítica), Percy Jackson (outra tentativa frustrada) e Eragon (alguém lembra?) entre outros, até que em 2012 veio Jogos Vorazes, escrito por Suzanne Collins, que diferente de seus antecessores literários, trouxe um bom resultado unindo uma boa história a um filme bem feito e dirigido agradando aos fãs, angariando novos adeptos e de quebra rendendo uma boa bilheteria. Nada mais lógico do que dar seqüência ao sucesso e este ano temos Jogos Vorazes: Em Chamas (2013).
No primeiro filme acompanhamos a dura jornada de Katniss Everdeen e Peeta Mellark para sobreviverem ao 74ª edição dos jogos vorazes. Após vencerem ao jogo de sobrevivência e porem em dúvida a legitimidade dos jogos e a onipotência do presidente Snow, Katniss e seu broche de tordo dourado, acabam se tornando um símbolo de resistência contra os jogos e contra a capital. Temendo pela sua soberania, o presidente Snow, agora auxiliado por Plutarch como o novo organizador dos jogos, planeja eliminar Katniss e todos aos campeões dos jogos vorazes, oprimindo o máximo de manifestações, semeando o medo entre os distritos e ainda chantageando Katniss a levar adiante seu falso romance com Peeta para agradar ao público dos jogos. Tendo o “casal” de novo que enfrentar desta vez a 75ª edição dos jogos numa manobra do presidente da capital para eliminar a heroína e outras possíveis ameaças.
Apesar da premissa interessante, não há nada de novo no enredo de Jogos Vorazes, já vimos isso em O Sobrevivente (1987, com Arnold Schwarzenegger) e em Batalha Real (mangá de Koushun Tkami), e todos os elementos da trama são bem familiares a nossa realidade, estão tanto lá quanto aqui: Poder opressor e corrupto, mídia manipuladora, má distribuição de recursos e exploração, entre outras coisas, porem pouco explicadas e detalhadas na trama do filme e acaba ficando ao expectador deduzir o que acontece com os vencedores dos jogos como, por exemplo, com Haymitch Abernathy, mentor dos tributos do distrito 12 que aparece apenas como tal, sem aprofundar suas origens, e as conseqüências de vencer os jogos para os vencedores em geral além do presidente Snow e seu excesso de confiança em relação ao povo da capital e centrar-se apenas no controle dos distritos, outro problema é que o filme parece não saber aproveitar boas oportunidades para fazer-lo com mais ação, a morte dos outros tributos não são se quer mostradas tendo o expectador se contentar com o estrondo do canhão e a imagem do derrotado projetada no céu, além disso, a grade reviravolta do filme fica muito pouco esclarecida e sem mostrar algo que com certeza valeria a pena explorar, com certeza quem já leu o livro entenderá melhor, já quem só acompanha pela versão cinematográfica pode ficar um poço perdido. Mas nada que estrague um bom divertimento.
Apesar de o Oscar parecer ter feito bem a Jennifer Lawrence não dá pra dizer que Em Chamas é melhor que o primeiro filme, é tão bom quanto, na verdade o filme é uma grande preparação para um provável desfecho que deve valer à pena.
Nota: 8/10