Jogabilidade – 10
Resident evil: Revelations com certeza vai agradar os fãs mais nostálgicos da franquia. Mas não pense que se trata de um jogo com a jogabilidade travada, muito pelo contrário. Foi usado com sabedoria o que a série tinha de melhor: puzzles, inimigos chegando de surpresa para atacar o jogador, tensão quando falta munição (que também está longe de ser tão escassa como os primeiros títulos da série), corredores apertados cheios de inimigos (principalmente na dificuldade infernal), mas a câmera se adaptou ao estilo que vem tendo desde Resident Evil 4, com algumas melhorias como andar e atirar, o que era impossível em residente Evil 4 e 5. Diferente de Resident Evil 6, os puzzles e caminhos não são entregue de “mão beijada” para o jogador, fazendo com que a exploração do cenário não seja linear. Para melhorar a exploração do cenário, ainda contamos com o “Genesis” um scanner da BSAA que ajuda a encontrar itens escondidos, verificar detalhes do cenário que seriam impossíveis serem notados sem o seu auxilio. Além da campanha principal do jogo, tem o extra Raid Mode, que diferente da campanha contém co-op. Esse extra você pode desbloquear personagens e roupas alternativas especiais e jogar em diversos locais vistos na campanha principal, derrotando inimigos. Quando o jogador ganha pontos matando inimigos, vai aumentando de nível e aumentando a dificuldade dos cenários. É um extra bem interessante, mas que poderia ser bem melhor se tivesse mais locais e inimigos mais diversos. A experiência com multiplayer torna-se ainda mais agradável e mais fácil.
Assim como o residente vil 6, Resident evil Revelations tem integração com a rede social Resident evil. Net, onde na rede social pode desbloquear novas armas secretas, e participar dos eventos no site, além de interagir com usuários da rede e desbloquear conteúdos extras fora de seu console.
Gráficos – 9,5
Os gráficos de Resident Evil Revelations pode ser uma das únicas coisas que não irá agradar todos os jogadores. Mas considerando que o jogo é um port de Nintendo 3DS, o resultado final é bem agradável, mas também não chega a ter um gráfico igual de jogos que foram feitos especialmente para os consoles. Mas o jogo tem outros atrativos que irão prender até aquele jogador mais exigente com a questão do gráfico.
O jogo não chega a ter sustos todo tempo, mas o seu clima já é mais sombrio comparado aos jogos recentes da franquia. Alguns aspectos se parecem bastante com a mansão do primeiro jogo da série. Os inimigos e itens nunca estarão no mesmo lugar (com exceção de um boss por exemplo). , o que ajuda a deixar a exploração do jogo mais diversificada. O modo de exploração se parece muito com Resident evil 2 e resident evil 1 no qual você tem um cenário riquíssimo para explorar cada canto. Temos elementos também como a item Box, que dessa vez você pode também fazer upgrade em suas armas. Mas também não chega a ser cansativo! Tem capítulos no qual você revive flashbacks de personagens ou se não acompanha a trajetória de outros personagens do título jogando como Chris, Jessica, Keith e Parker. Apesar do jogo agradar os fãs dos clássicos, o jogo não tem os antigos zumbis, dessa vez temos um novo inimigo chamado Ooze, que é uma mutação do vírus T-Abyss. Os inimigos não são infectados como os de resident evil 4, 5 e 6 (No caso os j’avos, sendo que o ultimo título numerado também teve zumbis), eles não agem de forma humana e racional como os ganados, majinis e j’avos, o que faziam o jogo em certos momentos parecer-se com um shooter genérico. E também os Oozes ao serem derrotados, não “dropam” munições, algo que lembra muito os clássicos da série e é muito mais coerente do que um monstro “guardar dinheiro em seu bolso”.
Trilha sonora e Som – 10
Para combinar com o cenário macabro, há a trilha sonora que se encaixa perfeitamente a atmosfera do jogo. Agora no port para os consoles de mesa, essa característica do jogo fica mais marcante que a versão original do 3DS, onde o usuário pode por o som em um home theater. Na campanha podemos ouvir barulhos vindos dos corredores, sons tenebrosos vindo de diversos inimigos, algo que fazia muita falta nos jogos mais recentes da franquia.
História – 9,5
A história do jogo possuiu o recurso de roteiro chamado cliffhanger, na qual é usado em séries e programas de TV para “prender” a curiosidade do telespectador. E no inicio do capítulo, você vê uma pequena prévia dos anteriores. O enredo não será comentado na matéria em detalhes para impedi de revelar algum spoiler. A história mostra o novo agressivo vírus T-abyss da organização terrorista Il Veltro, essa ameaça já dizimou a cidade Terragrigia(na qual aparece em cutscenes e em alguns flashbacks jogáveis). Durante os eventos principais do jogo, Terragria está apenas em ruínas e agora em 2005, Jill e Parker são convocados pelo diretor O’Brian para investigar um organismo estranho nas ruínas de Terragrigia Quando recebem a notícia que Chris e Jessica desapareceram em uma missão. Sua ultima localização era o navio luxuoso Queen Zenobia, que navegava no meio do Mar Mediterrâneo. Ao entrarem no navio, a dupla se depara com um navio fantasma, cheio de criaturas infectadas grotescas. No geral, a história do jogo é bem mais interessante que Residente vil 6, onde temos vários mistérios, conspirações e o jogador acaba imergindo na trama junto com Jill Valentine. Também temos os files, que além de explicar dados sobre as mutações, ajuda na compreensão da história. Diferente do sexto título numerado, onde tinha explosões a toda hora, diálogos muito clichês, e não soube aproveitar o plot interessante que a história tinha (que convenhamos, o Leon ter que limpar seu nome de uma armadilha que matou o presidente infectado é bem mais interessante que em Resident evil 4, que sua missão era salvar a irritante filha do presidente. Mas a diferença é que em residente vil 4 a trama foi explorada de forma melhor que em resident evil 6). Porém, nem mesmo o Revelations conseguiu escapar de alguns dos clichês mais usados na franquia, no qual não serão contados aqui para evitar spoilers, mas que os jogadores veteranos da série já devem imaginar…
Nota final: 9.75