Whazzup pessoas!!
É o seu chato preferido, o tiozão Kurogami, trazendo mais uma review de um jogo foda que vocês nunca ouviram falar na vida, seus sem-vergonhas. =D
O jogo da vez é Deception IV: Blood Ties, ou no original japonês, Kagero: Darkside Princess. Esse é um jogo de ação e estratégia bastante incomum. Nele, você controla a filha de um demônio (para ser preciso é a filha de um Deus-demônio, ou Majin) e precisa reunir os 12 versos sagrados que o impedem de vir ao mundo tocar o terror. Mas por que ele é incomum? Simples, porque você não ataca os seus oponentes diretamente. Na verdade você vai passar mais da metade do tempo FUGINDO deles!
“Parece ser um jogo chato.” CHATO É VOCÊ, FILHOTE DE CHUPACABRA! A sacada do jogo é que você faz aquilo que qualquer DM de Dungeons and Dragons já se divertiu muito fazendo… você mata seus inimigos usando uma variedade de armadilhas que variam de tortas na cara a assar o infeliz num caldeirão!
Vamos ao review!
SOM: 8,0
Não vou mentir para vocês, a trilha sonora do jogo é razoavelmente… mediana. Não é nada que te dê arrepios. Só há uma música por cenário, e só há 4 cenários pra jogar, fora a trilha sonora que rola durante as sequências de história. Então não há muita variação, o que pode ficar monótono…
Mas o legal é que a versão em disco (que foi lançada apenas na Europa; a versão americana foi lançada apenas na versão PSN/digital) traz as vozes originais em japonês. O que é algo quase ORGÁSMICO de se observar, porque o voicework do jogo é excelente. Principalmente os gritos das suas infelizes vítimas. E meu Deus, como elas gritam. Nesse sentido o jogo é praticamente um detector de psicopatia, porque você precisa ter nervos de aço pra não se arrepiar em certos momentos. (Ou pra não se remexer na cadeira se for um sádico.)
GRÁFICOS: 7,5
Eu tenho uma teoria segundo a qual todo sistema se aproximando do fim de sua vida útil sempre mostra os melhores gráficos antes de dar seus últimos suspiros. Deception 4 vai um pouco na contramão dessa teoria. Embora você estrangule, fatie, impale, eletrocute, queime, congele, mastigue e violente seus inimigos, a violência do jogo é bem menos realista do que se pode esperar – litros de sangue voam pela tela, mas você não vai ver membros decepados, por exemplo. Ele simplesmente não é tão detalhado quanto um jogo desta geração costuma ser. Isso não quer dizer que o jogo seja FEIO – a bunda da Laegrinna, a personagem principal, tá longe de ser quadrada – mas digamos que se poderia esperar um pouco mais. Talvez a intenção dessa preocupação menor com os gráficos seja não atrapalhar o gameplay, já que o jogo roda limpo, sem nem um slowdown sequer.
HISTÓRIA: 8,5
A história principal do jogo não é necessariamente grande coisa, sejamos sinceros. Na verdade quase pode-se dizer que o jogo tem uma desculpa e não um plot. Mas uma coisa muito legal de se observar é que CADA UMA DAS SUAS VÍTIMAS TEM UM HISTÓRICO. Por mais que sejam apenas algumas linhas, toda vez que você analisa um inimigo você pode ler a história pregressa dele. Em alguns casos, você vai lidar com pessoas com um caráter ainda mais detestável que o da personagem principal, e isso que ela está tentando ressuscitar o papai pra escravizar o mundo! Em outros casos, você vai topar com inimigos covardes, ou que tem relação uns com os outros, e dependendo da ordem em que você eliminá-los, podem surgir inimigos diferentes. O jogo tem 4 finais, por sinal.